segunda-feira, 9 de setembro de 2013

AGATHA CHRISTIE - UM CRIME NO EXPRESSO DO ORIENTE


Uma obra que sempre me despertou a atenção foi esta de Agatna Christie - "Um Crime no Expresso do Oriente". Em tradução portuguesa tenho as duas versões da "Vampiro" e a da RBA cartonada.
Da RBA, contracapa, retiro uma nota resumida:
"Em pleno Inverno, Poirot encontra-se em Istambul, decidido a tomar o Expresso do Oriente. Depois de uma noite mal passada, a sua tranquilidade é perturbada quando uma tempestade de neve obriga o comboio a parar e aparece o cadáver de um passageiro brutalmente apunhalado."
 

A obra da excelente autora britânica foi publicada em 1934 e é uma obra de referência, entre muitas obras da mesma autora, num ambiente repleto de mistério, dividida em três partes, sendo que a segunda é quase totalmente preenchida com os depoimentos do revisor, do secretário, do criado, das senhoras americana, sueca e russa e de outros personagens como os condes de Andrenyi, o coronel Arbuthnot, Miss Debenham e de Mr. Hardman.  

A capa da "Colecção Vampiro", da editora Livros do Brasil, Lda., que ilustra esta versão portuguesa, corresponde ao nº 13 da referida colecção, da autoria de Cândido Costa Pinto.
Curiosamente, o nº 1 da Colecção Vampiro (edição de bolso), é da autoria de Agatha Christie, com o mesmo Poirot na investigação - "Poirot desvenda o passado".

Também é sugestiva e a capa da edição inglesa, ao lado reproduzida.
Just after midnight, the famous Orient Express is stopped in its tracks by a snowdrift. By morning, the millionaire Samuel Ratchett lies dead in his compartment, stabbed a dozen times, his door locked from the inside. One of his fellow passengers must be the murderer.

Isolated by the storm and with a killer in their midst, detective Hercule Poirot must find the killer amongst a dozen of the dead man's enemies, before the murderer decides to strike again...
 
Aprecio especialnente a capa da versão francesa do  "Le Livre de Poche".
Para os versados na língua francesa, aí vai o respectivo excerto.

 Hercule Poirot, venu résoudre une affaire criminelle en Syrie, repart en direction de Londres via le Taurus Express, puis, à partir d'Istanbul, l'Orient-Express. Dans le train, M. Ratchett, un riche Américain, est tué. Poirot découvre rapidement que le vrai nom de Ratchett est Cassetti et qu'il est en fuite à la suite du rapt meurtrier de la jeune Daisy Armstrong aux États-Unis cinq ans auparavant. Le train est bloqué par la neige et le coupable est forcément un des occupants du wagon-lits de la victime.


Para classificar este livro da Rainha do Mistério, de uma tabela de 1 a 10, classifico em 9,5.

2 comentários:

  1. Ora aqui está uma excelente ideia, amigo Santos Costa, esta de criar um blogue versando a literatura policiária (ou policial?), agora que está prestes a envergar sobre a veste do leitor a casaca do autor, que decerto luzirá tanto como a de outros ofícios que se lhe conhecem.
    Serei, decerto, um visitante assíduo, curioso e interessado, deste blogue, porque também aprecio o género – dividindo-o com outras preferências, como a FC, o romance histórico e o "western" (que hoje caiu em desuso) –, e aproveito para o felicitar, já agora, pela escolha da primeira obra e do primeiro autor, ambos de grande peso.
    Muito interessantes as capas das edições francesa e inglesa, que não conhecia (aliás, deve haver inúmeras), mas continuo a gostar especialmente da de Cândido Costa Pinto, na Colecção Vampiro. Um "must" da arte surrealista, como tantas outras que este grande mestre realizou para a Vampiro e a Argonauta, e que não me canso de admirar sempre que as revejo, ao sabor do acaso ou do desejo momentâneo.
    Um caloroso abraço do
    Jorge Magalhães

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  2. Caríssimos Jorge e Catherine

    O primado da ideia para a criação deste blogue reside, de facto, na paixão pelo romance policial; paixão que vem de há muito tempo atrás, quando comecei a ter contacto com a colecção XIS e a tentar, nessa embrionária intrusão no género, desvendar os laços que os autores iam colocando ao longo das suas obras. Desde então, tenho adquirido os livros editados em Portugal, e em portugês, pese embora saber que nem todas as traduções respeitam integralmente os originais.
    Da colecção Vampito, de todas a que chegou mais longe, possuo cerca de 600 títulos, faltando mais de uma centena; é esta, entre muitas outas, como as da Europa América, da Caminho,da Rififi,da Abril/ControlJornal/Lipton, para só citar estes exemplos mais recentes, que repousam nas minhas estantes, em sítio próprio e exclusivo.
    Não há capas como as do Cândido Costa Pinto e as do Lima de Freitas! Mesmo que o "miolo" não correspondesse às expectativas, ter nas mãos um livrinho com obras-primas daquela força estética, vale a pena da ilusão de um conteúdo debilitado.
    Sobre o género, procurarei divulgar autores e obras - para já, a minha próxima, evidentemenete -, independentemente de ser ou não lido. Este espaço do blogue não me ocupa a gaveta e as prateleiras e, para fazer gosto ao dedo, satisfaz-me bastante. Depois, folgo um pouco com a BD, onde tem corrido mais "sangue" do que entre os diletantes do policial, embora não descure essa outra paixão que é a banda desenhada, independentemente da crispação que grassa entre os comunicadores, divulgadores, críticos(!) e comentadores da arte. Finalmente, há a considerar que já vos tenho como visitantes, o que, por si só, justificará a minha acção participativa neste espaço.

    Um grande abraço para vocês
    Santos Costa

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