Tenho a dizer, em primeiro lugar, que não li uma grande parte dos livros da minha biblioteca, mormente os livros do género policial. Por isso, não se irão admirar se vos disser que, só agora, li este, embora o possua há 11 anos.
É um livro da autoria de Iain Pears, traduzido e publicado na famosa - e saudosa - Colecção Vampiro (nº653), que tem, como particularidade, uma das personagens,a qual participa na investigação de roubos de obras de arte ( o roubo de um quadro de Claude Lorrain), exercer a profissão de historiador de arte.
Isto não passaria de uma nota suplementar, não fosse o próprio autor, Iain Pears (um inglês nascido em 1955), ser ele próprio historiador de arte.
Este parece ter sido o seu sétimo e último romance até agora publicado desta série com este personagem (historiador de arte) chamado Jonathan Argill, o qual trabalha com dois outros investigadores do Italian Art Squad: Flavia DiStefano (a sua mulher) e o General Taddeo Bottando.
É certo que um escritor está mais à vontade quando utiliza a personagem que lhe equivale na profissão, porquanto os conhecimentos técnicos e empíricos permitem-lhe sentir-se "como peixe na água". É precisamente isso que eu fiz com o meu primeiro - e em breve publicado - romance policial, quando apresento o meu "detective" com a profissão de inspector... tributário.