sexta-feira, 29 de novembro de 2013

IAIN PEARS - O AUTOR E A PERSONAGEM








Tenho a dizer, em primeiro lugar, que não li uma grande parte dos livros da minha biblioteca, mormente os livros do género policial. Por isso, não se irão admirar se vos disser que, só agora, li este, embora o possua há 11 anos.
É um livro da autoria de Iain Pears, traduzido e publicado na famosa - e saudosa -  Colecção Vampiro (nº653), que tem, como particularidade, uma das personagens,a qual participa na investigação de roubos de obras de arte ( o roubo de um quadro de Claude Lorrain), exercer a profissão de historiador de arte.
Isto não passaria de uma nota suplementar, não fosse o próprio autor, Iain Pears (um inglês nascido em 1955), ser ele próprio historiador de arte.
Este parece ter sido o seu sétimo e último romance até agora publicado desta série com este personagem (historiador de arte) chamado Jonathan Argill, o qual trabalha com dois outros investigadores do Italian Art Squad: Flavia DiStefano (a sua mulher) e o General Taddeo Bottando.
É certo que um escritor está mais à vontade quando utiliza a personagem que lhe equivale na profissão, porquanto os conhecimentos técnicos e empíricos permitem-lhe sentir-se "como peixe na água". É precisamente isso que eu fiz com o meu primeiro - e em breve publicado - romance policial, quando apresento o meu "detective" com a profissão de inspector... tributário.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

MARGERY ALLINGHAM



 
 
Trago hoje a esta montra mais uma escritora de romances policiais - Margery Allingham (1904-1966). Trago precisamente este título, que não é o de maior referência na sua obra de 19 livros - porque a curiosidade da tradução é deveras curiosa.
No original, o livro "Dancers in Mourning", publicado em 1937 - versão inglesa - tem como título americado "Who Killed Chloe?"




 
Em Portugal, e pelo prelo da edição Livros do Brasil (Coleção Vampiro), levou o título "Morte na Mansão Branca", editado em 1990, depois de esta escritora ter merecido anteriormente, uma outra tradução de outro romance, na mesma colecção, "estrada para a Morte" (Mystery Mile), o livro onde iniciou o seu detective Campion, ainda de forma embrionária, como personagem secundária.
Margery recebeu o primeiro pagamento por um texto seu com apenas 8 anos, uma espécie de direitos de autor recebido de uma pequena história publicada numa revista que uma tia dirigia. Aos 19 anos, publicou o seu primeiro romance, mas só aos 23 iniciou a temática policial, com o livro "The White Cottage Mystery".
A sua última obra, publicada depois da sua morte, foi concluída pelo seu marido Philip Youngman Carter.