“Falso Testemunho” é o título da tradução portuguesa de Eduardo Saló para um livro assinado com o pseudónimo de Harry Carmichael, publicado no nº 360 da Colecção Vampiro e editada pela “Livros do Brasil”.
O original, publicado em 1976 tem por título “False Evidence”. A editora portuguesa inseriu uma nota sobre este livro de bolso no final do livro anterior “O Caso das Bebidas Drogadas” de Erle Stanley Gardner.
Desse breve texto, deixo aqui:
“Quando seguiu de Londres para Liverpul; ao fim da tarde de sexta-feira, 23 de Agosto, George Ainsworth deixou um rasto confuso que outros tentaram, debalde, explorar. Ninguém sabia porque se metera no ferryboat com destino a Dublin, em vez de regressar a casa durante o fim-de-semana, ou o que lhe acontecera a bordo do MV Glenclowan na viagem de regresso a Liverpul, na noite de sábado, 24 de Agosto.
Quinn, do Morning Post, ocupou-se da cobertura do mistério e, quando iniciou as diligências, não tardou a descobrir que todos, incluindo a Polícia, acreditavam que Ainsworth fora lançado pela borda fora.
Havia numerosos factores em apoio dessa convicção, mas surgiu o momento em que se converteu em dúvida e esta acabou por se revelar uma dupla tragédia antes de a verdade ser finalmente desvendada.”
Quanto ao autor, que também assinava como Hartley Howard (1908–1979) era de seu nome Leopold Horace Ognall, romancista policial nascido em Montreal e trabalhou como jornalista. Escreveu mais de noventa romances. Como Harry Carmichael, os personagens principais da série de Ognall eram John Piper (um assessor de seguros) e "Quinn", um repórter policial (o qual entra neste Falso Testemunho).
Como nota curiosa, um dos filhos de Ognall, de nome Harry, de onde o pai aproveitou o pseudónimo (o Carmichael era um conjunto da primeira letra do nome Cecilia, sua mulher, a segunda e terceira da filha Margaret e o nome do outro filho, Michael), tornou-se juiz do tribunal superior e conduziu as audiências relativas ao ex-líder chileno Augusto Pinochet.