sábado, 21 de novembro de 2020

FALSO TESTEMUNHO - HARRY CARMICHAEL

 

“Falso Testemunho” é o título da tradução portuguesa de Eduardo Saló para um livro assinado com o pseudónimo de Harry Carmichael, publicado no nº 360 da Colecção Vampiro e editada pela “Livros do Brasil”.

O original, publicado em 1976 tem por título “False Evidence”. A editora portuguesa inseriu uma nota sobre este livro de bolso no final do livro anterior “O Caso das Bebidas Drogadas” de Erle Stanley Gardner. 


 Desse breve texto, deixo aqui:

Quando seguiu de Londres para Liverpul; ao fim da tarde de sexta-feira, 23 de Agosto, George Ainsworth deixou um rasto confuso que outros tentaram, debalde, explorar. Ninguém sabia porque se metera no ferryboat com destino a Dublin, em vez de regressar a casa durante o fim-de-semana, ou o que lhe acontecera a bordo do MV Glenclowan na viagem de regresso a Liverpul, na noite de sábado, 24 de Agosto.

Quinn, do Morning Post, ocupou-se da cobertura do mistério e, quando iniciou as diligências, não tardou a descobrir que todos, incluindo a Polícia, acreditavam que Ainsworth fora lançado pela borda fora.

Havia numerosos factores em apoio dessa convicção, mas surgiu o momento em que se converteu em dúvida e esta acabou por se revelar uma dupla tragédia antes de a verdade ser finalmente desvendada.


Quanto ao autor, que também assinava como Hartley Howard (1908–1979) era de seu nome Leopold Horace Ognall, romancista policial nascido em Montreal e trabalhou como jornalista. Escreveu mais de noventa romances. Como Harry Carmichael, os personagens principais da série de Ognall eram John Piper (um assessor de seguros) e "Quinn", um repórter policial (o qual entra neste Falso Testemunho).

Como nota curiosa, um dos filhos de Ognall, de nome Harry, de onde o pai aproveitou o pseudónimo (o Carmichael era um conjunto da primeira letra do nome Cecilia, sua mulher, a segunda e terceira da filha Margaret e o nome do outro filho, Michael), tornou-se juiz do tribunal superior e conduziu as audiências relativas ao ex-líder chileno Augusto Pinochet.

terça-feira, 21 de abril de 2020

INGÉNUA PERIGOSA - RAYMOND CHANDLER




Com o título “The Little Sister”, cuja tradução literal é “A Irmãzinha” ( assim editado no Brasil) e que em Portugal recebeu o título de “Ingénua Perigosa”, Raymond Chandler escreveu uma obra muito interessante. Confesso que é um dos autores que eu prefiro, principalmente quando entro nas aventuras de Philip Marlowe. E o enredo parte de princípios muito simples: uma mosca morta e o aparecimento de uma mulher aflita, com vinte dólares num contrato, no mínimo, estranho.

Raymond Thornton Chandler, nasceu em Chicago, a  23 de Julho de 1888 e faleceu a 26 de Março de 1959. foi um romancista e roteirista dos Estados Unidos. Estabeleceu um género literário policial que ainda hoje é seguido. Como figura ao seu serviço, o protagonista Philip Marlowe, que foi interpretado no cinema pelo grande actor  Humphrey Bogart, designadamente em "À Beira do Abismo", uma das melhores obras do escritor, dirigido por Howard Hawks.


Em Portugal foi esta obra editada colecção “Vampiro - Os Grandes Mestres da Literatura Policial”, através do volume 164, da edição “Livros do Brasil”, com tradução de Mascarenhas Barreto e capa de Lima de Freitas.
Esta obra passou à Banda Desenhada, adaptada e ilustrada por Michael Lark.







domingo, 10 de novembro de 2019

MARCADA A FOGO

Este é o segundo romance da série  Ralph Lindsey, escrito pelo autor norte-americano, de Boston, Ben Benson.
Embora o título original, em inglês, seja "The Girl in de Cage", qualquer coisa como A Rapariga na Gaiola ou A Rapariga Enjaulada, a tradução em português segue à risca a característica que Leta, essa rapariga, traz gravava na pele de um dos seus seios, em forma de iniciais marcadas a fogo.

Para esta missão, o agente de polícia (de estrada ou de trânsito) Lindsey, despe e farda e troca-a por um casaco de cabedal, tipo "teddy-boy", para se infiltrar no meio de delinquência.



















Considerado por alguns críticos como uma espécie de inspector Maigret à americana, o personagem policial de Ben Benson (1913-1959), desobedece às ordens dos superiores e teima em lutar por Leta, a jovem perseguida pelo medo e pelo terror.
Antes de falecer com apenas 46 anos, Ben Benson escreveu sete obras da série Ralph Lindsey, sendo esta de 1954.
Na Colecção Vampiro, em português, foi publicado este título com o nº 173, tradução de Mascarenhas Barreto e capa de Lima de Freitas.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

O SANTO ENFRENTA O TIGRE


Este é o volume nº 113 da Colecção Vampiro - "O Santo Enfrenta o Tigre" -  que eu tenho na minha colecção. Trata-se de uma obra intitulada no original "The Saint Meets the Tiger", com o título em tradução literal para português. O seu autor, Leslie Charteris (1907-1993), filho de um médico chinês e de uma britânica, teve enorme sucesso com esta série do seu herói "O Santo", aliás Simon Templar, passado ao cinema e à televisão, sendo muito conhecida a interpretação do actor Roger Moore.
























O autor casou quatro vezes e deixou publicados, em livro, o quádruplo do número de esposas, sendo a obra ampliada através de novelas, algumas escritas ou adaptadas por terceiros.


























Como o Santo não era nenhum santo, a sinopse da editora "Livros do Brasil", antecipada na contracapa do nº 112, diz:
"Uma calma cidadezinha inglesa... e o Santo veio para apanhar sol e, ocasionalmente, um milhão de dólares. Ninguém sonhava com a existência deste milhão. Mas o Tigre tinha-o... e o Santo atravessara meio mundo para lho roubar".


O autor Leslie Charteris






quarta-feira, 7 de agosto de 2019

PETER CHEYNEY - ESTE HOMEM É PERIGOSO


























Trata-se do primeiro livro policial escrito pelo escritor inglês Reginald Evelyn Peter Southouse Cheyney, que assina Peter Cheney. Nascido em Londres, no dia 22 de Fevereiro de 1896, trabalhou inicialmente num escritório de advogados, profissão que não lhe agradou. Depois de escrever livros de poemas, decidiu-se, aos quarenta anos de idade, publicar "Este Homem é Perigoso" (This Man Is Dangerous). 


O escritor tinha o costume de usar um cravo vermelho na lapela, sabia jogar golf, judo e boxe.
Depois de escrever e publicar 15 romances, o senhor Cheyney faleceu no ano em que eu nasci (1951), com 55 anos de idade.
O exemplar em língua portuguesa que eu possuo faz parte da Colecção Vampiro (capa a abrir o post), sendo o nº 110, com capa de Cândido Costa Pinto e tradução de L. de Almeida Campos.
Antes do início do capítulo 1 (A Cilada), a obra tem uma entrada onde se lê (parcialmente):
"O quartel-General da Polícia de Oklahoma chama todos os carros patrulhas, todos os postos de polícia de viação...
Procurem Lemmy Caution que se evadiu da cadeia de Oklahoma, depois de ter morto um guarda e o xerife substituto."
A título de curiosidade: Lemmy Caution (agente do FBI), a par de Slim Callaghan (detective particular), são heróis dos livros de Peter Cheyney.


REGRESSO

Depois de uma ausência de quase dois anos e meio, regresso aos livros policiais, procurando na minha colecção,ao acaso, os que trago até este blog, apontando as versões da mesma obra que encontro reproduzidas, designadamente pelas capas.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

NOVA COLECÇÃO POLICIÁRIA



Há tempos, num email que enviei a um amigo, disse isto:
"As tiragens limitadas também têm esse intuito: disponibilizar poucos para não sobrarem muitos. E não dar lugar a segundas edições. Enzo Ferrari, quando tinha 500 compradores para os seus modelos desportivos, mandava fazer 499. Não vou assim tão longe, porque não abri assinaturas e pré-vendas, mas tenho os meus critérios editoriais". 
A colecção que estou a desenvolver e a publicar, reflecte essa linha - os livros são primordialmente para coleccionadores.
Esta edição é o início de uma série de "policiários", cuja capa e contracapa estão acima, tal qual enviei para a gráfica. Esta capa, com algumas alterações de pormenor e de cor, fazem parte deste blog e foi baseada - quanto à figura da mulher - num desenho de um romance policial americano, uma espécie de pastiche. É claro que tanto a capa como a contracapa e os desenhos do interior têm a ver com o conteúdo.
Toda a sequência destas novelas policiais terão de comum três condições: a primeira é que têm 100 páginas cada uma; têm três ilustrações de página no miolo; o personagem principal não é um detective nem um advogado nem um polícia, mas sim um funcionário do Fisco (inspector tributário, nível 2) que é envolvido em encrencas e que, metediço como eu, gosta de seguir o fio até apanhar o novelo.
A leitura é rápida, trepidante quanto possível, com ingredientes necessários ao género. Este episódio, por exemplo, passa-se perto de Aubagne (a 17 km de Marselha-França), nas férias do funcionário. Obviamente não utilizo o truque de encher páginas com fait-divers, palha de centeio a esmo ou muita sangria de encher morcelas, bem como utilização exagerada de diálogos que aumentam o número de páginas com escassos caracteres e sem interesse para a "rodagem" do enredo.
Os livros, se são considerados de bolso, não cabem em todos (à excepção dos de uma gabardina) pois têm a dimensão de 14x22 cm.
Não se procure o livro nas livrarias, porque não vai estar lá. São, como disse, tiragens para coleccionadores, exemplo que já estou perseguindo em o almanaque trimestral O Bandarra (há leitores que, ao comprarem o número do 1º trimestre de 2017 requerem do livreiro do 4º de 2016, mas este último já esgotou em alguns vendedores).
Este meu blog é uma montra onde exponho, porque cheguei à conclusão que a venda dos meus livros não deve ser feita directamente por mim, mas por terceiros (os livreiros), sem mais intermediários. Só compra quem quer e, como dizem os americanos "what you see, what you get".